domingo, 28 de abril de 2013

Problemas

Leitores e leitoras do blog Waiting-room, vou ficar um tempo sem publicar conteúdo na pagina pois um pequeno problema aconteceu...choveu em cima do meu notebook e terminou queimando :( agora tô postando pelo tablet, mas é muito chato e complicado... assim que arruma-lo volto com as postagens e a segunda parte do meu trabalho, os 5s. É isso ai, juizo !!!

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Registros de Enfermagem

Mais um trabalho do meu curso técnico em enfermagem. São dois trabalhos, porém nesta postagem vou colocar apenas a primeira parte que se trata de Registros de Enfermagem. Pode ser bem útil para estudantes do técnico, pessoas formadas ou acadêmicos.










sexta-feira, 19 de abril de 2013

Primeiro atendimento de emergência

Chimarrão da tarde na praça com os amigos e sabe quando a gente tá no lugar certo e hora certa ? Voltando pra casa, com a cuia, térmica e na mão um maracujá, conversando com os amigos, de repente uma senhora sai na rua pedindo por socorro, gritando "rápido, rápido". No começo pensei que era uma briga de cachorros ou algo do tipo, depois ví que a mulher gesticulava sinais de "rápido" com ambas as mãos. Me lembro de ter jogado o maracujá pra trás e me virar em pernas.
Quando cheguei, me deparei com uma senhora de cabelos brancos caída na lomba do seu pátio e o pavor tomando conta dos familiares presentes. Logo ví que a senhora havia batido a cabeça no muro, pois havia sangue.
Na correria não fiz o que aprendemos em situações de emergência, me identificar... Só lembro de perguntar se chamaram pelo SAMU, o que até o momento não havia sido solicitado atendimento. Viramos a senhora pois ela estava de bruços, perguntei alguns dados pessoais para verificar seu estado neurológico, pedi um relógio com segundeiro e verifiquei seu pulso. Tranquilo, 67 batimentos por minuto !
Logo por impulso e falta de cuidado meu, estabilizei-a sem luvas, atentando para não tocar no sangue. Primeira tentativa de contato com o SAMU, a familiar conversou com a atendente, mas por algum motivo a chamada foi encerrada (trote?)... Sempre mantendo contato verbal, verificando pulso e seu nível de consciência (escala de Glasgow). Tentei outra chamada para o SAMU através de meu celular. Fui atendido pela atendente, repassei (novamente) a situação e me identifiquei como técnico de enfermagem, ela transferiu a ligação para um médico. Passei os termos da situação, informei que havia acontecido uma queda de uma senhora de 74 anos, com antecedentes de traumatismo craniano, edema na região frontal e laceração com sangramento presente na região ocipital. Uma conversa de profissional para profissional.
Fui informado que não havia ambulâncias disponíveis no momento. O médico orientou que colocássemos a senhora em um carro e levassem para atendimento especializado.
Neste momento, a senhora começou a apresentar desmaios, desníveis de consciência e perda de memória recente. Como estava sem luvas, pedi que a familiar retirasse as próteses dentárias da senhora, para não haver risco de asfixia.
Com ajuda dos amigos e familiares, colocamos a idosa no carro, ligaram o pisca-alerta e partiram para o HPS.
Fechei a porta dando uns tapinhas e desejando boa sorte!
Mil agradecimentos recebidos e um único pensamento na cabeça. Quem somos nós ?


sábado, 6 de abril de 2013

Pseudo Deus.

Já fazia algum tempo em que não postava nada no sentindo de escrever alguma coisa. Hoje pela manhã me acordei com vontade de escrever, de desabafar e quem sabe não dar uma desmoronada...Quando estamos sozinhos, escrever ajuda muito a aliviar os problemas da vida e do dia a dia. Escutando uma música? Melhor ainda !

Essa semana ví como exitem pessoas que se julgam Deuses, o que eu acho revoltante ! Não gosto de identificar pessoas e lugares, então vou procurar mudar algumas coisas.

Uma pessoa que estava mal, precisando de cuidados, estava com sintomas de que iria entrar em parada respiratória e logo uma parada cardio respiratória. Fizemos os primeiros procedimentos e logo liguei para outras unidades solicitando auxílio médico para procedimentos mais invasivos, entubação por exemplo.

Com muita sudorese e esforço respiratório intenso, 57% de saturação, preocupante....

Ao chegar o auxílio médico, a pessoa que fez um juramento pelo qual têm de fazer o que for necessário para salvar a vida de uma pessoa, que parte de princípios éticos, morais e legais, perdeu a confiança e espalhou-se no lugar o desprezo de todos que ali estavam. Pacientes, profissionais da saúde e a pessoa que mais necessitava dos cuidados.

"Por que me chamaram? Ele nem "parado" tá ! Nem chocado!"

O aparelho que mede a saturação de oxigênio no sangue e a frequência cardíaca, mostrava os perigos que poderião vir acontecer.

Quando essa pessoa que se julga profissional começou os procedimentos médicos, disse que o aparelho estava errado e que não poderia aquele paciente saturar 57% sendo que ele estava respirando "melhor" que ela...

Na hora fiquei com uma raiva que tomou conta da minha cabeça. Que profissional é esse que chega gritando e falando esses tipos de frases em um quarto hospitalar? Um quarto coletivo, onde habitam 5 pacientes, todos conscientes e lúcidos, ouvindo as baboseiras que saiam da boca desta pessoa formada em medicina "da época da pedra lascada" !

Não falei nada, me tranquilizei, até por que situações de emergência por mais que esteja um caos, requer calma e tranquilidade para poder ajudar ao máximo sem prejudicar as pessoas envolvidas. Não julguei, não falei absolutamente nada. Quem sou eu? Um estagiário de técnico em enfermagem, nem formado e discutindo com uma médica.

Não foi só isso, aconteceu alguns outros erros mas que não precisam ser comentados... É lamentável pois um joven de 16 anos perdeu sua vida nesse dia !

"Sindrome de Deus", assim que eu e outras pessoas titulam esses profissionais da saúde. Nem devem receber o nome de profissionais, pois não o são acima de tudo.

No futuro não serei um desses deuses, serei um médico diferente, ligado a parte Humana, que é o que todo o cuidado ao próximo precisa, Atendimento Humanizado !

Já cheguei a conclusão de que não me abalo. Acho por que já vi e vivenciei muita coisa pela minha pouca idade. Tenho uma bagagem do tamanho de uma mochila. Pode parecer pouco mas é muito ! E cada um destes erros é um aprendizado pra mim, na minha formação de vida, formação profissional, formação do ser humano que sou hoje !