quinta-feira, 23 de maio de 2013

Conversa e Poesia

Hoje vou contar algo real que aconteceu comigo neste segundo estágio obrigatório do meu curso técnico em enfermagem. Para quem não sabe, semana passada iniciei o segundo estágio num hospital conceituado de Porto Alegre, Hospital Ernesto Dornelles. Novas experiências adquiridas, outros problemas de não aceitação dos estagiários por determinados funcionários da ala clínico cirurgica do hospital, sempre tem alguma pessoa, alguma coisa que nos marca na alma para sempre.

Em uma das rondas, entrei em um dos quartos para conhecer o paciente e o seu caso clínico, realizar anamnese de enfermagem, conversar e medicar. Quando entro me deparo com uma senhora (digo senhora por educação, pois nem parecera a idade que tinha), sentada na cama, toda arrumada, cabelos avermelhados, fazendo um trabalho manual que não sei identificar se era tricô, crochê ou algo do tipo. Ela produzia tapetes com uma agilidade incrível !

Me apresentei como estagiário de técnico em enfermagem, informei que estava ali para prestar cuidados e auxílio pra ela naquele dia. Quando disse meu nome, ela riu e se alegrou, "pois não é todo dia que a gente conhece um John Lennon"...

Durante a conversa e anamnese, me informou que fora professora de português para séries iniciais e que hoje está aposentada só curtindo. Grande escritora de poesias, têm algumas obras publicadas anonimamente, pois como ela mesmo disse "não sou famosa, portanto não possuo editora que possa corrigir e publicar minhas obras, escrevo pra mim e porque gosto!"

73 anos de pura saúde e vitalidade, mãos ágeis na produção dos tapetes. Moradora de Tuparendí, aqui no Rio Grande do Sul, veio visitar um dos filhos e sentiu uma forte dor no joelho. Segundo seu médico cardiovascular foi orientada a internar no Hospital para exames mais específicos.

Na enfermagem, viramos uma segunda famíia , onde acompanhamos o paciente 24 horas por dia, fornecendo cuidados de higiene e conforto dentre muitos outros. Algumas pessoas além destes cuidados, sentam e conversam com o pacientes, ou melhor, escutam o paciente. Tem uma grande diferença entre escutar e ouvir...Fui mais um ouvinte do que o próprio falante. Afinal, estava internada desde sexta e já era quinta-feira, solitária no quarto fazendo seu artesanato, raramente chegava alguém para ser sua companhia temporária.

No dia seguinte, ela era minha paciente novamente. Entrei no quarto e ela perguntou se eu havia trazido um violão para cantar. Informei que não, e fui pego por um sorriso. A pedido dela, abri a porta do armário e vi um tapete de cor escura que já estava pronto. Que rapidez ! Realmente uma senhora de tirar o chapéu.

Não vou postar seu nome, pois não pedi autorização para identificação. Aqui no Blog vou chama-la de Lourdes !

É fato que existem pessoas que são especiais e a dona Lourdes é uma delas. Ganhei uma das suas poesias, que acho e tenho certeza que marcou esse pequeno encontro em um lugar que não pretendo vê-la novamente :) afinal um hospital não é lugar de encontro, só vai pro hospital quem precisa para realizar algum exame de rotina ou quando realmente está mal.

Quero que saibas Lourdes, que aprendi muito com a senhora nestes dois dias em que a senhora foi minha paciente. Quero agradecer pela poesia, lhe estimar melhoras e dizer que a senhora é uma daquelas avós que dá vontade de pegar no colo! Queria muito tirar uma foto com a senhora pra postar aqui no blog. Mas infelizmente e felizmente a senhora já tinha dado alta quando cheguei pro plantão!

Posto aqui no blog a poesia que ganhei da dona Lourdes.

SAUDOSOS SEMELHANTES

A saudade
E as lembranças
Nos aproximam
E fazem renascer as recordações
A lua é a mesma
E os raios do sol, que brilham
Para você
Também me aquecem

Em nossos corações
A distância não existe
Façamos deste espaço
Uma troca de endereços

Sem fins, nem começos.
Estamos aí
Juntos e distantes
Que nossos laços
Não desatem
E seremos sempre
Saudosos semelhantes

Lourdes - Tuparendí, RS

Porto Alegre, 22 de maior de 2013.
Hospital Ernesto Dornelles.

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Parabéns

20 de maio, dia do Técnico em Enfermagem. Profissional que presta auxílio sem se importar com etnia, cor ou orientação sexual e sim se importar pela saúde do próximo juntamente com seu bem estar. Parabéns pra mim e a todos(as) os (as) Técnicos e Técnicas de Enfermagem.


sábado, 11 de maio de 2013

Conhecendo um pouco mais sobre HIV

Este é mais um dos temas que me interesso bastante e se encaixa em Saúde Pública, que é o campo onde estou neste estágio extracurricular. Fui atrás, conversei, aprendi um pouco mais. É um pouco extenso, mas será uma leitura muito proveitosa e de grande conhecimento. Posto agora aqui o trabalho sobre HIV.

Boa Leitura !

 A infecção pelo vírus HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana), que causa a Aids, é uma doença que tem modificado os costumes da nossa sociedade, com a adoção de hábitos e condutas que anteriormente não eram valorizados.

Aids é a sigla em inglêsda Síndrome da Imunodeficiência Adquirida e representa o estágio mais avançado da doença. A infecção pelo vírus HIV, segundo as pesquisas, acometia espécies de chimpanzes africanos e esse vírus foi transmitido aos humanos, que caçavam esses animais para alimento. O contato dos seres humanos com o sangue desses animais seria a forma pela qual o vírus teria infectado a nossa espécie.

O primeiro paciente com infecção pelo HIV foi identificado nos Estados Unidos em 1981. No Brasil, os primeiros pacientes foram diagnosticados em 1983. Desde essa época, muitos avanços foram feitos no que se refere ao conhecimento sobre a doença, sobretudo quanto a formas de prevenção, diagnóstico e tratamento das pessoas que vivem com HIV ou Aids. Necessitamos compreender como prevenir e conviver com essa Enfermidade que pode acometer pessoas de nosso convívio ou a nós mesmos.

Com os novos medicamentos a sobrevida do paciente aproxima-se à expectativa de vida média dos indivíduos sadios. Portanto, a qualidade de vida dos acometidos por essa enfermidade também tem sido foco de atenção por parte dos profissionais da saúde e pesquisadores da área.

O vírus HIV e o mecanismo de transmissão.
O HIV é um vírus do tipo retrovírus que usa as células do nosso sistema imunológico para se replicar em nosso organismo. Dessa forma, as célular afetadas, os linfócitos T (um tipo de glóbulo branco também conhecido como TCD4), deixam de exercer a sua função de proteger o organismo das doenças.

À medida que a infecção progride vamos perdendo a capacidade de reagir contra outras infecções por bactérias ou vírus, principalmente as chamadas doenças oportunistas, isto é, aquelas causadas por patógenos que se aproveitam de uma deficiência imunológica momentânea ou permanente do hospedeiro.

Ter o vírus não significa necessariamente ter a doença. Existem pessoas que têm o vírus, porém não apresentam sinais e sintomas da Aids. Mas esses indivíduos, mesmo não estando doentes, podem transmitir o vírus para outras pessoas. Por isso, a importância de fazer o teste e se proteger em todas as situações. Esse vírus tem características muito particulares.

A primeira é a sua capacidade de sofrer pequenas modificações, chamadas mutações, que podem alterar a ação de medicamentos ou vacinas, por exemplo. Outra característica é o tempo prolongado para o aparecimento de sinais e sintomas da doença, podendo o infectado permanecer assintomático por 5 a 7 anos, na maioria dos casos. O vírusHIV também é muito frágil e não sobrevive fora de células humanas. Portanto, no meio ambiente, quando sangue, lágrimas ou suor secam, o risco de transmitir HIV por essas secreções praticamente é zero. Um abraço, aperto de mão, beijo, contato com objetos usados por pacientes soropositivos não são considerados como formas de contágio.

As principais formas de transmissão são:

  • Prática de sexo vaginal, oral ou anal sem a devida proteção, ou seja, o uso de preservativos.
  • Compartilhamento de agulhas, seringas ou objetos contaminados para o uso de medicações ou drogas ilícitas.
  • Receber transfusões de sangue, em instituições que não cumprem as normas do Ministério da Saúde.
  • A transmissão do vírus durante a gestação, parto ou amamentação, da mãe soropositiva para seu bebê é uma das questões mais preocupantes quando pensamos em formas de erradicar a doença.
  • Profissionais de saúde também podem eventualmente se contaminar acidentalmente no exercício de suas funções (acidentes com agulhas e manuseio de materiais contaminados, sem proteção de luvas).
Portanto, a prática sexual sem preservativo, o contato com sangue ou secreção vaginal, sêmen de pacientes infectados, representam alguns dos mecanismos de transmissão do vírus.

Infelizmente, devido à falta de informação das pessoas, observamos, mesmos nos dias de hoje a discriminação e o isolamento de pacientes infectados por HIV que, na verdade, necessitam de apoio e calor humano dos seus amigos e familiares.

Transmissão para o bebê.
Crianças nascidas de mães soropositivas podem se contaminar enquanto estão no útero materno, durante o parto ou no período de aleitamento. Portanto, o teste de Aids faz parte dos exames de laboratório realizados durante o período pré-natal, para que as medidas necessárias dessas crianças. Estas medidas reduzem a chance de contágio do recém-nascido de 20% para 1%.
  • Tratamento da mãe soropositiva durante a gestação e pós-parto (quando indicado).
  • Parto por meio de cesariana programada.
  • Suspensão do aleitamento materno.
Prevenção.
A transmissão do HIV pode ser evitada das seguintes maneiras:
  • Praticar sexo seguro com o uso adequado de preservativos de látex de boa qualidade e sem a adição de lubrificantes ou outro tipo de substância que possa alterar as características do material e aumentar o risco de ruptura do preservativo.
  • Evitar o contato com objetos cortantes contaminados com sangue ou secreções de indivíduos desconhecidos ou sabiamente soropositivos. Principalmente agulhas e lâminas devem ser preferencialmente descartáveis.
  • Evitar o recebimento de sangue ou derivados que não sejam de fonte segura (bancos de sangue confiáveis) que adote as medidas exigidas pelo Ministério da Saúde. Atualmente é muito rara a infecção pelo HIv por transfusões de sangue, devido ao controle que existe nos Bancos de Sangue oficiais. Também, aqueles pacientes que necessitam de hemodiálise, hoje estão mais seguros graças às medidas adotadas pelos centros que realizam esse procedimento.
  • No caso de mulheres grávidas, procurar imediatamente orientação médica para que seja realizado o teste anti-HIV e, caso positivo, possam ser tomadas todas as medidas para redução do risco de transmissão do vírus para o feto.
Sintomas e diagnóstico.
  Tendo sido infectado pelo HIV, o indivíduo pode permanecer com o teste anti-HIV negativo durante um período variável, de 6 semanas até 120 dias. Isso porque ainda não existem anticorpos contra o vírus no organismo, e os testes sorológicos não conseguem decetar o vírus. A esse período se dá o nome de "janela imunológica", ou seja, é o período entre a infecção pelo vírus e a produção de anticorpos anti-HIV no sangue. Nesses casos, mesmo com o teste anti-HIv negativo, recomenda-se que sempre faça sexo com camisinha e não compartilhe seringas, pois se estiver realmente infectado, esse indivíduo pode transmitir o vírus a outras pessoas.

O paciente pode permanecer sem sintomas da doença porr vários anos. O paciente é diagnosticado com Aids quando começa a apresentar sinais de baixa imunidade, resultando das alterações que ocorrem no sistema imunológico.

Cansaço, fadiga sem causa aparente, emagrecimento, febre, ínguas com duração de mais de três meses, "sapinho" da na boca ou diarreia prolongada, são alguns dos sintomas que podem surgir e indicar estágio mais avançado da doença.

Como se pode notar, os sinais iniciais são inespecíficos e podem ocorrer em estágios mais avançados da enfermidade. Portanto, se a pessoa pratica alguns dos procedimentos de risco ou suspeita que, de alguma forma se contaminou com o vírus, deve procurar um médico para que seja feito o diagnóstico precoce da infecção e orientação quanto à necessidade ou não do tratamento.

Diagnóstico
Qualquer dúvida com relação à sua saúde ou de alguém próximo a você deve ser esclarecida pelo seu médico de confiança. Ele é o profissional habilitado para tomar as medidas necessárias, explicar o diagnóstico e começar o tratamento, quando indicado.

O teste anti-Aids é realizado em amostras de sangue, nas quais se identifica a presença de anticorpos contra o vírius. Como comantado anteriormente, esses anticorpos demoram algumas semanas para serem detectados no sangue, após a entrada em contato com o HIV (janela imunológica). Durante esse período, existe o perigo de contágio de outras pessoas.

Portanto, enquanto não se confirma definitivamente a presença ou não do vírus, todos os cuidados para prevenir a transmissão devem ser observados. O diagnóstico de infecção por HIV é regulamentado pelo Ministério da Saúde, que estabelece uma série de normas a serem seguidas. Se o teste anti-Aids for positivo, uma segunda amostra deverá ser coletada para confirmação do resultado com diagnóstico da doença.

Após o diagnóstico, alguns exames laboratoriais devem ser solicitados para se avaliar as condições clínicas do paciente. Além dos exames de rotina, avalia-se a quantidade do vírus presente no organismo do paciente (Carga Viral), a quantidade de células sanguíneas de defesa (TCD4), entre outros.

O teste de genotipagem, indica qual tipo de vírus está presente e com quais medicamentos obteríamos uma melhor resposta no tratamento.

O Brasil possui uma rede de laboratórios capacitados para fazer o diagnóstico e monitoramento da doença. O acesso a esses exames é gratuito na rede pública de saúde.

Programa Nacional de DST e Aids.
O Brasil conta com o Programa Nacional de DST e HIV/Aids desde o ano de 1986. Em 1988 foram criados os Centros de Aconselhamento Anônimo, que depois foram transformados nos Centros de Testagem e Aconselhamento. Nesses locais existem profissionais capacitados para o diagnóstico, tratamento e aconselhamento dos pacientes soropositivos, bem como na orientação para os que convivem com esses pacientes.

Desde 1994 existe um acordo entre o Governo Brasileiro e o Banco Mundial para o financiamento do programa de distribuição gratuita de medicamentos para o tratamento da Aids. Essa medida mostrou-se eficaz, tanto na diminuição da mortalidade como também na economia de gastos primária ao paciente com Aids.

Esses medicamentos são distribuídos por Unidades Dispensadoras de Medicamentos, localizados em serviços de saúde, que distribuem os medicamentos e fazem o acompanhamento dos pacientes.

Tratamento e Adesão.
Desde 1996, os esquemas de tratamento com múltiplas drogas e a distribuição gratuita de medicamentos tiveram uma influência decisiva e positiva na sobrevida dos pacientes. Existem atualmente 20 medicamentos disponíveis para tratamento através do Programa Nacional de DST e Aids.

Esses medicamentos, chamados antirretrovirais, têm como finalidade diminuir a replicação do vírus e, assim, a destruição das células responsáveis pela defesa do nosso organismo contra agentes externos. Infelizmente, esses medicamentos não eliminam totalmente o vírus do nosso organismo. Portanto, o tratamento com medicamentos não pode ser interrompido ou modificado sem prévia consulta a seu médico. Tais interrupções, ou perdas de doses dos medicamentos, podem causar o aparecimento do vírus resistente, abrigando a mudança do esquema de drogas que vinha sendo utilizado, além de permitir que a doença progrida.

O acompanhamento do tratamento é feito através de exames de sangue que medirão a carga viral e a quantidade de células de defesa, o CD4. O aumento dessas células no organismo, acompanhando de uma diminuição de carga viral, significa que o tratamento está logrando o objetivo de reduzir a velocidade de progressão do HIV no paciente soropositivo.

Para alguns pacientes, esses medicamentos podem desencadear eventos adversos, tais como diarreia, vômitos, náuseas, manchas vermelhas na pele e lipodistrofia (depósito de gordura localizada), alterações hepáticas, renais e outros. Esses eventos devem ser monitorados pelo seu médico a fim de que o tratamento seja adequado a cada indivíduo.

Adesão do tratamento.
O uso correto de medicamentos visa garantir o controle da Aids, mas desde que a terapia não seja interrompida. Parar de tomar os medicamentos, ou tomar de forma inadequada pode selecionar vírus resistentes e mais difíceis de tratar.

Os índices de adesão ao tratamento no Brasil são superiores a 70%, compativeis com os índices de países desenvolvidos. Entretanto, é necessário manter a vigilância com programas que aprimoram ações de adesão ao tratamento. Algumas causas relacionadas ao abandono dos medicamentos ou incorreto uso são: o preconceito com a relação à doença e a complexidade dos esquemas terapêuticos. em menor instância estão os efeitos colaterais das medicações.

Em pesquisas realizadas por especialistas no acompanhamento de pacientes soropositivos, existem constantemente a menção de que pacientes tentam ocultar a condição de portadores do vírus e acabam, com isso, negligenciando os horários e a frequência com que devem tomar os medicamentos.

Em alguns casos, a necessidade de multiplos comprimidos, ingeridos várias vezes por dia, pode acarretar a mudança de alguns hábitos e rotinas diárias para acomodar as necessidades de ingestão da medicação. Outro fator, não menos importante, é a falta de informação aos pacientes sobre os riscos envolvidos na decisão de interromper o tratamento sem prévia discussão com o seu médico.

Portanto, não interromper o tratamento deve ser uma preocupação constante de médicos e pacientes. Algumas medidas simples podem ajudar nessa tarefa:
  • Combater o preconceito naqueles ambientes onde existam pacientes soropositivos.
  • Campanhas de esclarecimento aos pacientes e àqueles que convivem com eles  sobre a importância da não interrupção do tratamento e os riscos envolvidos nessa decisão, bem como desramificar o perigo de contágio pela convivência normal com esses pacientes.
  • Criar mecanismos que auxiliem os pacientes a não se esquecerem de tomar os remédios. Por exemplo, associar a terapia com horários regulares da sua rotina diária: o café da manhã, a chegada do trabalho, o intervalo para o café, o almoço, o intervalo do lanche da tarde, a volta pra casa, o jantar e o encerramento do dia.
  • Criar uma aliança de confiança entre os médicos e o paciente para que a importância da adesão seja comunicada e os progressos do tratamento sejam sentidos e entendidos pelo paciente.
Qualidade de vida.
O tratamento da Aids tem aumentado dramaticamente a sobrevida dos pacientes. Isso significa que é crescente a preocupação com a qualidade de vida dos pacientes soropositivos. O coneito de qualidade de vida pode ser dividido em duas dimensões: a dimensão física e a dimensão psicossocial.

O primeiro aspecto está relacionado com limitações físicas que a enfermidade ou o seu tratamento podem trazer para o indivíduo. Portanto, medidas que visem avaliar os efeitos secundários dos medicamentos, e mitigar as limitações impostas pela doença, são importantes quando se considera a preservação da qualidade de vida dos indivíduos soropositivos.

O segundo aspecto se relaciona com a manutenção das atividades sociais e profissionais com plena liberdade e autonomia. Essa dimensão é a mais afetada por aspectos emocionaise comportamentais, como a depressão e a angústia, bem como circunstância decorrentes da discriminação e o preconceito em relação aos pacientes.

Portanto, o apoio psicológico e as campanhas de esclarecimento podem ser elementos fundamentais na complementação do tratamento com medicamentos para assegurar a boa qualidade de vida dos pacientes.

Alimentação.
Uma alimentação adequada e corretamente balanceada pode ser um coadjuvante importante no tratamento da infecção pelo HIV. Nosso sistema de defesa contra outras infecções depende em graabusar do sal, nde parte do nosso estado nutricional. Um aspecto importante relacionado com a alimentação é o cuidado no manuseio e armazenamento dos alimentos.

  • Lavar bem frutas e verduras. Tomar cuidado no armazenamento dos alimentos para que eles não se contaminem.
  • Dividir a alimentação em 5 a 5 refeições, sendo três delas com maior quantidade , intercaladas por duas ou três refeições maiores.
  • Frutas e Verduras devem ser consumidas em abundância por representarem uma fonte importante de vitaminas e sais minerais.
  • Carne de aves, peixes e ovos devem ser considerados na dieta por representarem proteínas de alta digestibilidade.
  • Fibras e alimentos integrais garantem o bom funcionamento dos intestinos e são uma rica fonte de vitamina B.
  • Carboidratos devem vir predominantemente de alimentos como mel, grãos naturais e açúcar mascavo, que têm uma absorção mais lenta do que o açúcar industrializado, evitando elevações do açúcar no sangue.
  • Não se deve abusar do sal, para não sobrecarregar os rins e evitar inchaçoes ou edemas.
  • O conteúdo de gordura animal na dieta deve ser reduzido ao mínimo para combater a arteriosclerose e a lipodistrofia.
  • Ingerir dois litros de líquido por dia. Abolir totalmente o fumo e a bebida alcoólica.
  • A quantidade de proteínas deve ser maior do que em indivíduos sadios, e se recomendam de 100 a 150g de proteínas diárias para o homem e 80 a 100g de proteínas diárias para as mulheres
  • As necessidades energéticas situam-se na ordem de 40 calorias por kg de peso por dia.
Exercícios físicos.
A prática de exercícios físicos é muito importante para a boa saúde do paciente com infecção pelo HIV. Cada atividade deve levar em consideração as condições físicas de cada paciente. Antes de fazer qualquer exercício, o médico deve ser consultado. De maneira geral, o conjunto de exercícios físicos a ser preconizado para os pacientes deve contemplar:

  1. Melhora da capacidade cardiorespiratória
  2. Manutenção da força e resistência muscular
  3. Livre movimentação e flexibilidade das articulações
Como benefícios adicionais, a prática de exercícios estimula a liberação de endorfinas, que são uma espécie de analgésico produzido pelas células do cérebro, que diminui a dor à movimentação e produz uma sensação de bem-estar. Os exercícios também contribuem contribuem para a melhora da autoestima e ajudam no combate à angústia à depressão.

Todas as informações sobre o Programa Nacional de DST e Aids podem ser encontradas no site
http://www.aids.gov.br




segunda-feira, 6 de maio de 2013

TUBERCULOSE

Trabalhando em um Hospital referência para tratamento da Tuberculose, resolvi ir atras de algum material para um conhecimento mais abrangente. Fiz algumas perguntas para um dos médicos do hospital e agora compartilho com vocês !

O QUE É TUBERCULOSE ? É uma doença causada por uma bactéria (Mycobacterium tuberculosis) que ataca principalmente os pulmões, mas pode também ocorrer em outras partes do corpo, como ossos, rins, intestino e meninges (membranas que envolvem o cerébro)



COMO SE PREVINE A TUBERCULOSE ? Evite ambientes fechados e mal ventilados, pois favorecem a transmissão da doença. A vacina BGC, obrigatória para menores de um ano, só protege as crianças contra as formas mais graves da doença. Adultos não são protegidos por esta vacina.

COMO SE TRATA A TUBERCULOSE ? Após o diagnóstico na unidade de saúde, o tratamento deve ser feito o quanto antes e por um período mínimo de seis meses, diariamente e sem nenhuma interrupção, mesmo com o desaparecimento dos sintomas. O tratamento só termina quando o médico confirmar a cura por meio de exames.

COMO SE PEGA A TUBERCULOSE ? A tuberculose é transmitida de pessoa a pessoa. Ao espirrar, tossir ou falar, o doente com tuberculose nos pulmões espalha no ar as bactérias que podem ser aspiradas por outras pessoas.

COMO SE SABE SE ALGUÉM ESTÁ COM TUBERCULOSE? Se você está com tosse por mais de três semanas, acompanhada ou não de febre no fim do dia, suor noturno, falta de apetite, perda de peso, cansaço ou dor no peito, pode ser tuberculose.


ONDE PROCURAR ATENDIMENTO? Procure uma unidade de saúde o mais rápido possível.

NÃO ESQUEÇA:

  • Tosse por mais de três semanas, com o sem catarro, pode ser tuberculose.
  • A tuberculose tem cura, desde que tratada adequadamente e por um período mínimo de seis meses.
  • O tratamento NÃO deve ser abandonado, mesmo com o desaparecimento dos sintomas.
  • Compartilhar talheres, copos, toalhas ou banheiros não transmite tuberculose. Beijos e abraços também não.
QUANTOS ANTES TRATAR, MAIS FÁCIL É O TRATAMENTO.
PROCURE UMA UNIDADE DE SAÚDE.

Para saber mais, ligue 136, procure uma unidade de saúde mais próxima ou uma Equipe de Saúde da Família.
www.saude.gov.br

quarta-feira, 1 de maio de 2013

5s

Boa tarde "Waiting-roomzadores" !
Só pra informar que não arrumei meu notebook e minhas postagens geralmente serão de computadores emprestados. Hoje estou no notebook da minha tia. Publicar postagens através do tablet é um transtorno quase que bopolar pra mim ! Bueno ! Essa postagems, é a segunda parte do trabalho do meu grupo, que vai auxiliar muitas pessoas, não só da área da saúde mas todo mundo ! É um exercício que requer muita disciplina de quem está começando, e ajuda muito quando forem realizar aquela faxina, aquela organização marota. É o programa dos 5s, que visa organizar e deixar melhor o espaço não só de trabalho, mas em casa ou em qualquer lugar.
Confesso que pra mim é muito difícil fazê-los. Principalmente no meu quarto ! Vale a tentativa.
Boa leitura !

Aaah e deixem algum comentário se caso alguem já conhecia este programa, se já fez alguma vez !