segunda-feira, 14 de março de 2011

CÓDIGO FLORESTAL

QUESTÃO DE EQUILÍBRIO

   Consenso. É o que falta para que as discussões acerca do Código Florestal brasileiro, prestes a ser colocado em votação no Congresso Nacional, resultem em uma legislação que projeta o ambiente e não prejudique a produtividade agrícola nacional.
     Consenso, porém, é o que menos se vê nas argumentações de ambientalistas e ruralistas. Ele surge, principalmente, quando os dois lados reconhecem que a lei vigente, resultado de um código editado em 1965 e com uma grama imensa de decretos e medidas provisórias na garupa, nao serve mais para o país. Mário Mantovani, presidente de ONS SOS Mata Atlântica, concorda que a lei precisa ser revista, mas tem restrições quanto à proposta atual. Segundo ele, ela atende aos interesses dos produtores e abre a porta para o aumento do desmatamento:
   - A mudança é necessária, mas não do jeito que está.
Do outro lado, o deputado Aldo Rebelo (PC do B/SP), autor do substitutivo do projeto de lei que pretende ver o finalizado até o final desde mês, discorda. Ele afirma que a proposta resgata o objetivo de um verdadeiro código florestal, que é conservar as matas brasileiras e proteger os cursos d'água sem criminalizar a agropecuária:
   - Ao contrário do que dizem, a nós interessa produzir alimentos para o povo sem prejudicar o ambiente, e isso estamos há séculos, pois preservamos muito mais nossas florestas do que qualquer país.
      Quem acompanha o debate se vê envolto em uma série de detalhes técnicos, como críticas de cientistas dos dois lados. É aqui, inclusive, que surge um outro consenso. Produtores e ambientalistas criticam uns aos outros por conta da falta de base científica das contestações. Para ajudar que ainda está por fora desse importante debate, o Nosso Mundo separou itens que levantaram mais polêmica

  

Fonte: Zero Hora Segunda-Feira, 14 de março de 2011 / imagem: Google.

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